29.4.03

Tortura

Ele está na minha frente,
com a promessa de ser defunto.
Ele não para mais de agonizar,
é como a galinha que deve-se cortar o pescoço sem dó,
porque com dó não a matamos,
só a ferimos e ela sai pulando com seu pescoço gravemente
machucado, agonizando sem fim com a promessa de morrer.
Não tenho coragem de acabar de cortar sua cabeça fora.
Não tenho competência para salvá-lo.
Agora que ele agoniza sem fim,
eu vivo nessa angustia sem fim.
Salvar? Como? Acabar de matar? Comer? Não tenho coragem.
Eu ainda amo essa galinha.
Mas essa fome me tortura.


Nossa!!! Adorei a poesia. É poesia isso? Sei lá. Não entendo nadica de poesia. Mas gostei. Tocante. Fiquei me sentindo meio como uma galinha. Essa galinha aí acima.

Não é de minha autoria.

Quem escreveu? Autora desconhecida. Desconhecida por vocês, claro!! =)

See Ya