21.2.05

Casa em festa

E um dia que um dia fosse
Sem perceber, especial
De alegria e regozijo
Algo assim atemporal

Sem dar conta que surgia
com tamanha buniteza
alguém que alguém seria
um amigo de rara grandeza

E então me ponho em festa
Em brados altos e claros
E o meu coração atesta
Parabéns Marcelo Barros

See Ya

PS: foda não é escrever poemas, mas encontrar quem os mereça

10.2.05

Pacto

E arde, como se o Sol fosse gelo
Se fosse sempre assim quente
Eu embaçaria o mundo com um sopro
Deita aqui perto de mim
Não há como sorrir sempre
Tem dias que tudo está em paz
E é quando fica fácil conhecer o tempo
E agora todos os dias são iguais

Se fosse só sentir saudade
Esperando que, morto, o tempo volte
Mas tem sempre algo mais
Nunca é sensato despertar o que jaz
Seja como for
Nunca é sensato
É uma dor que dói no peito
A extinguir o ar que já não há
Pode rir agora que estou sozinho
E de tua boca será meu o veneno
Mas não venha me roubar
Sorvê-lo nunca é sensato

Vai ver que não é nada disso
E agora é tarde pra saber
Vai ver que já não sei quem sou
E ainda é cedo pra saber
Vai ver que nunca fui o mesmo
E puxar a descarga ficou mais fácil
A culpa é toda sua e nunca foi
Porque me vejo no espelho e acho graça
Mesmo se as estrelas começassem a cair
Eu ainda acharia graça
E nos queimasse e tudo ao redor
Antes cederia à loucura
E fosse o fim chegando cedo
E veria meu reflexo na fatídica foice
E você visse o nosso corpo em chamas
Eu ainda acharia graça em você

Gosto de bile na boca
Deixa pra lá
Beberei sobre minha lápide
Quando as estrelas começarem a cair
E quando vier a aurora
Me diz, me diz pra onde é que a gente vai fugir?

See Ya

PS: valeu, Renato.