4.10.04

O Rio de Janeiro continua lindo (apesar de tudo)

Fui passar o final de semana no Rio de Janeiro. Ipanema estava uma delícia, o sol estava ótimo, a praia estava perfeita e a beleza daquela terra estava a de sempre.


Mas o que quero compartilhar é outra coisa. No início da noite de sábado fui ver um filme chamado A Dona da História, com a sempre expressiva Marieta Severo, além da Débora Falabella, Rodrigo Santoro, Antonio Fagundes e mais uma galera aí. O filme é bem legalzinho, diferentemente de Olga (ugh!) faz o que se propõe a fazer -- ser uma comédia romântica despretensiosa --, a trilha é legal, a produção é bem-feita e o roteiro "fala" com públicos diferentes. E curti caminhar pelas locações depois de sair do cinema :-)

E é especificamente sobre o roteiro e seu impacto que eu quero falar. A história é, basicamente, um balanço que a personagem da Marieta Severo, Carolina, faz aos 50 anos, 32 de casada, quatro filhos. Acontece que, durante essas reflexões, ela se encontra consigo mesma aos 18 anos (Débora Falabella). E aí elas (Carolina jovem e Carolina adulta) começam a conversar sobre como as coisas poderiam ter tomado outros rumos, e algumas possibilidades são mostradas.

Isso me deixou pensando. Não poucas vezes acontece comigo de devanear: "E se tal e tal (não) tivesse acontecido?". O fato é que eu, que já não tenho 18 anos há quase outros tantos, fiquei imaginando como teria sido minha vida até aqui se algumas coisas significativas tivessem sido diferentes. E quer saber? Foi gostoso. Foi legal. Apesar de o lugar-comum sempre dizer que "não é para a gente se arrepender do que fez, só do que não fez", me arrependi e me orgulhei, sim, de situações nas duas categorias. Enfim, foi uma viagem bem interessante para o mundo das hipóteses. Pena que viagens assim são, como diz alguém de quem gosto muito, só uma "ilusão efêmera". Mas que foi bom, foi!