5.8.04

Torto por linhas certas

Comecei a escrever 4 posts e não consegui terminar nenhum. Demorei a perceber que o que eu queria mesmo era bater um pouco de papo e não escrever um texto, por assim dizer.

E falando em escrever, tenho pensado bastante em escrever um livro. Bem, na verdade seria montar um livro, pois eu estava pensando publicar uma reunião de diversos contos aqui do blog, juntando material inédito também. Claro que ainda é somente uma idéia, e toda a minha falta de tempo e, às vezes, de pique pra escrever vão deixar isso no mundos das idéias (alguém aí disse caverna?) por alguns momentos.

Diversos dos meus leitores já me incentivaram a escrever mesmo um livro. Mas o que poucos deles sabem é que durante a minha infância e adolescência, eu devo ter escrito uns 4 livros, todos bastante imaturos e típicos de quem ainda estava começando a engatinhar no mundo da literatura. Devo a senhora Agatha Christie a temática de meu primeiro livro, Assassinato no Rouche, onde um recém formado detetive investigava crimes ocorridos num transatlântico. A história não deve ocupar mais do que 50 ou 60 páginas de um caderno velho que ainda tenho guardado, nem tomar mais do que 2 horas para que se leia por completo. Levei praticamente 3 anos escrevendo, incluindo aí um bloqueio literário de mais ou menos 1 ano.

Desde que saí, teoricamente, da adolescência, não consegui mais pensar em escrever uma grande história, com começo, meio e fim. Talvez por ter criado 200 histórias diferentes para uma única campanha de RPG, e mais de 100 para outras tantas pequenas campanhas, eu tenha me acostumado a inventar enredos pequenos, curtos, mais como contos ou algo do gênero. O Quando Isso Virar um Blog só veio confirmar a minha predileção por este estilo nesse momento.

Gosto muito de crônicas também, e de um estilo provocativo pra fazer o leitor executar alguns neurônios friamente. Mas, sinceramente, acho que ainda preciso brincar muito com este meu lado mais agressivo e crítico. Deixá-lo com menos cara de revolta adolescente e lapidá-lo para a acidez, irreverência e senso crítico. Não quero me tornar esnobe e intelectualóide como o Arnaldo Jabor, mas também não quero ficar infantilóide e deslumbrado como o José Simão.

Em breve deve, então, surgir um tempo para que eu organize as idéias e textos e páginas que um dia podem se tornar meu primeiro livro publicado. Até mesmo pensei em dois títulos, que poderiam ser: Quando isso virar um livro ou Insônia e outras formas de se manter acordado, fazendo uma referência óbvia ao conto que encabeçaria a publicação. Se alguém quiser dar uma força pro ego desse blogueiro metido a escritor, usem os comentários ou mandem um e-mail. Se, além disso, alguém estiver disposto a publicar qualquer das baboseiras que eu escrevo por aqui, tecle nove para falar com uma de nossas atendentes.

O papo está bom, mas preciso mesmo ir.

See Ya