17.2.04

Da série: coisas que você NÃO deveria enfiar na bunda

Ouvi, certa feita, de uma amiga minha, que trabalhava num hospital, sobre um incidente ocorrido que marcou a vida dela e também a minha e a de certo Leiteiro Morto Vivo, quando soubemos da história, a princípio, real.

Ocorreu que um saltitante e curioso casal gay decidiu colocar à prova sua capacidade imaginativa, assim como suas extremas vontades de conhecerem novas sensações. Um deles, brilhante, teve a idéia de experimentar colocar um pequeno rato, que aqui chamaremos de Topolino, na cavidade retal de seu parceiro. O outro, tão brilhante quanto, aceitou.

Pois encontraram um funil adequado (como se houvesse algo assim) e o posicionaram precisa e firmemente enfiado na bunda do criativo e corajoso aventureiro do arco-íris. A seguir, a tão singela criatura, prestes a enfrentar o pior pesadelo de sua vida, foi colocada nas bordar do funil e tocado para o interior de outras bordas. Pensando bem eu acho que deveríamos chamar o rato de Frodo, o portador do Anel.

Tentemos agora entender o que se passou com o rato, que envolvido num clima de tensão, somado ao local de extremo mal cheiro (o lobo olfativo de um rato é 20 vezes maior do que o de um ser humano, proporcionalmente, claro, e felizmente para a integridade anal de nosso intrépido herói), e ainda por cima em temperaturas acima das costumeiras, assim como numa escuridão total, decidiu fazer o que qualquer rato faria: roer e cavar para encontrar uma saída.

Daí que houve um imediato "constrangimento intestinal" nas paredes internas do reto de nosso entusiasmado herói, que começou a sentir muitas dores e passou do estágio de "nova experiência" para "pesadelo escatológico". Em início de desespero, ele pediu que seu brilhante parceiro retirasse logo a insana critura de dentro dele. Contudo, o parceiro havia esquecido que cu não é túnel e por isso não tem sistema de ventilação ou iluminação. O rato, muito pequeno, poderia estar perdido para sempre no interior do exasperado herói.

Dando (ui!) continuidade a uma sequência de brilhantes idéias, o parceiro de nosso herói decidiu então utilizar-se de um isqueiro para tentar jogar alguma luz sobre esta questão. Só que o gênio certamente não se lembrou de algo que considero conhecimento crucial para gays: através do ânus liberamos gás metano produzido e armazenado em nossos intestinos, gás este que é inflamável.

Quando o rapaz, tal qual um portador da tocha olímpica, aproximou-se da pira de seu companheiro, a reação foi imediata e junto a uma lufada de fogo, que se espalhou por boa parte do interior do reto de nosso heróis, o Topolino em chamas foi expelido e expulso em alta velocidade. Além disso, a labareda resultante do processo atingiu o rosto de nosso gênio de plantão, que chegou ao hospital, minutos depois, com a cara chamuscada e um namorado com muito fogo no rabo. Ao pobre Topolino restou apenas o Reino dos Céus, onde ele descansará imerso numa banheira de cândida.

Como disse antes, eu ouvi isso de uma amiga e não posso atestar a veracidade dos fatos. Contudo, não vejo motivo para inventar algo assim. Outra coisa importante: nunca fui contrário ou inimigo de qualquer manifestação de amor homossexual. Até pelo contrário, eu incentivo todas essas manifestações, quando feitas por vontade própria e com muito prazer. Só que enfiar um rato na bunda nada tem a ver com ser gay ou não. Isso é muito mais uma questão de burrice.

Bichos escrotos, saiam dos esgotos.

See Ya