8.3.05

Contagem Progressiva

O Quando Isso está fazendo dois anos. E daí? Daí que isso tem um puta significado para quem anda por essas bandas. E por que? Eu suspeito que seja porque felizmente ainda existe quem não ignora, não se esconde, não foge do questionamento. Da dúvida. Da confusão interna. Tem hora que pensar dói, sim. Tem hora que desespera. Machuca. Queima. Fere. Nauseia. Mas ainda acredito que pensar é o principal caminho para darmos voz e sentido ao nosso desejo de mudança e de evolução -- para onde quer que seja.

Isso foi para tentar definir o que este blog significa para mim e, suponho, para boa parte das pessoas que passam por aqui: um "alívio", digamos, para a "coceira" que às vezes dá no cérebro e no coração.

Como a maioria sabe, meu caminho aqui é diferente daquele trilhado pelo fundador: de amigo, leitor e freqüente comentarista, portanto visitante, acabei virando morador. E como coloquei no meu primeiro post em 31 de agosto do ano passado (lá se vão seis meses), continuo muito feliz e orgulhoso de estar por aqui. Aliás, cada vez mais.

Confesso que, no começo, imaginei que seria algo temporário e uma forma cuidadosa e acolhedora de o Fabricio me apresentar ao mundo blogueiro para depois eu caçar meu próprio rumo. Ou seja, mineiramente achei que seria um hóspede. Mas com o tempo vi que eu estava redondamente enganado: a coisa é para ser "eterna enquanto dure" (até poema eu ganhei de aniversário pela primeira vez na minha vida!), e hoje me pego fazendo planos para o futuro do blog com a maior naturalidade...

Gostei muito da fala do Fabricio sobre retratos e espelhos. Acho que é exatamente isso que faz com que a gente volte a um blog para ver o que está rolando. Pessoalmente, o que o QI me trouxe de mais especial foi não só a oportunidade de refletir e compartilhar reflexões, mas, sobretudo, a oportunidade de estar em contato com mais gente. E gente, com suas mais diferentes formas, cores, idades, sexos, tamanhos, jeitos, crenças, valores, ideais, projetos, frustrações, sonhos, é aquilo de que eu mais gosto.

Para terminar, acho demais que estejamos aqui ritualizando este aniversário. Penso que os rituais são momentos privilegiados que nos ajudam a ver o que somos e o que podemos e queremos -- ou não -- ser. Essencialmente, nos dão algo realmente precioso: identidade.

Feliz aniversário, blog.

PS: Pronto, Rafael, voltei. Pode parar de me encher o saco ;-)