Contristo
Quando desperto estou sonhando.
Um sonho cinza em tons apáticos.
Meus pés esmagam a relva encardida.
E espinhos arranham meus braços caídos.
Insistir na derrota ainda é lutar?
Como saber se é sangue
O que em minhas veias pulsa?
Ou lágrimas não vertidas em rebeldia.
A tristeza turva minha visão
E o tempo me aponta a direção errada
Há cada vez mais passos entre nós
Uma conspiração de coisas invisíveis.
Luz já se foi e tudo é sombra
E não questiono minha lucidez
Perder-me um milhão de vezes
A perder-te uma única vez
See Ya