24.10.05

Devir

De que justiça sabem os corações que não a dos corpos ardentes?

De que vivem as ilusões se não das verdades que todos temem admitir?

De que é feita a liberdade se não de mãos grandes e buracos estreitos?

Eu não tenho o direito de viver tanto, tão pouco, ou de morrer tão pouco, tantas vezes.

Eu não tenho o direito de só apontar caminhos tortuosos, ou de viajar por amplas alamedas.

Eu não tenho o direito de dar falsas esperanças, ou de arrancar as verdadeiras.

Nem vocês.

See Ya