Devir
De que justiça sabem os corações que não a dos corpos ardentes?
De que vivem as ilusões se não das verdades que todos temem admitir?
De que é feita a liberdade se não de mãos grandes e buracos estreitos?
Eu não tenho o direito de viver tanto, tão pouco, ou de morrer tão pouco, tantas vezes.
Eu não tenho o direito de só apontar caminhos tortuosos, ou de viajar por amplas alamedas.
Eu não tenho o direito de dar falsas esperanças, ou de arrancar as verdadeiras.
Nem vocês.
See Ya