Criatividade de matar
Aí a polícia achou o corpo do garoto, o crânio todo perfurado. Buracos exatamente redondos e do mesmo tamanho em quase todas as partes da cabeça. E não eram tiros. Havia pólvora, mas não havia nenhuma indicação de disparos.
Bom, encurtando: meses depois o detetive encarregado descobriu o que se passara. O garoto havia se matado. Empilhara moedas de 10 cents, prendera-as a um morteiro (essas bombas caseiras que se tem desculpa de usar em festas juninas e jogos da Seleção), acendera-o e colocara dentro da boca. O efeito foi instantâneo, e mortal.
Criatividade é tudo, eu diria. Até na hora do suicídio.
Quando eu estou ou fico triste, penso, escrevo e falo muito em morte. Pena não ser tão criativo.
See Ya