não há na alma mais nenhuma paciência.
e nem espaço para o riso, para o dia.
mas para o luto, para o choro e a noite.
é larga e ampla a escura pradaria.
e nem espaço para o riso, para o dia.
mas para o luto, para o choro e a noite.
é larga e ampla a escura pradaria.
que se saiba que aqui jazia um corpo.
que imóvel, abobalhado, sorria a tudo.
que agora, a chacoalhar-se, habita um louco.
que se move, a debulhar-se, taciturno.
de seu jardim foi arrancada uma rosa.
macia, linda, delicada, preta e pura.
de uma vida que se foi só resta a culpa.
da ignorância irresponsável e ceifadora.
não há remorço da alegria que esteve.
nem do vivido, do sentido, da entrega.
só resta raiva, ódio, choro, luto e pedras.
além da culpa lancinante que carrega.
se fora claro, agora não há mais vestígio.
foi sofrer longe, numa grota, uma caverna.
sob mil pedras, afastado, escarnecido.
viver chorando e na solidão eterna.
foi sofrer longe, numa grota, uma caverna.
sob mil pedras, afastado, escarnecido.
viver chorando e na solidão eterna.
See ya